Desde que me conheço por gente, sempre
me vi envolvido com o ativismo ambiental e humano. Nunca gostei do que o homem
faz com o meio ambiente e com ele, a sua própria espécie. Maus tratos em
animais e com pessoas, sempre me deram nos nervos e me fizeram tomar atitudes
que tive que pagar caro algumas vezes e outras me omitir.
E não sabendo ao certo o porquê eu me envolvia com essas bravatas
mesmo assim ia por impulso, por querer, por desejar.
Isso que está em mim, está em você, está em todos. Esse Dr. Jekyll e
Mr. Hyde, o médico e o monstro em que queremos salvar e outras vezes queremos
destruir.
E às vezes nos desesperamos em nossas lutas, tanto em destruir quanto
em salvar. Desistimos por ver que não
tem jeito o pior vai acontecer, tanto para um quanto para outro. O pior para
quem salva e o destruidor, e pior para quem destrói é quem salva. É louco eu
sei, mas é humano. Inevitável.
Claro que há o equilíbrio ou o desejo da maioria que se une em sua
força e derrota a minoria.
Foram assim com os nazistas sobre os judeus por um período, depois a
maioria, os aliados, se uniram contras os alemães que viraram minoria.
Hoje vemos que os direitos humanos antes restritos a poucos estão se
replicando, assim com as causas ambientais antes dirigidas a poucos hoje já
começa a tomar forma em hábitos nossos, dia-a-dia.
Somos uma esperança em nossas lutas. Mas somos mais reais quando
entendemos o outro. É preciso sempre deixar uma cadeira a mesa para que se
negocie.
Vendo esses dias na TV, o extremista norueguês sendo julgado pelo seu
massacre covarde e que debochava do próprio julgamento, se tornou minoria
diante da resposta maravilhosa que o povo norueguês lhe deu. Cantando musicas
de amizade e infantil, lhe dizendo claramente que não o aceitam. Assim como, os
jovens árabes não aceitam os ditadores.
Os famintos de Cuba a falta de
oportunidades e de ir e vir e os desempregados dos EUA ao enriquecimento
desumano de suas elites.
E Dr. Jekyll conseguirá dominar Mr.Hyde se apreender a compreendê-lo.
Certamente estamos vivemos um passo importante em nossa evolução, em
que ao entender o outro encostaremos nossas armas. E fechando os olhos,
entraremos filosoficamente num diálogo.